ECONOMIA SOLIDÁRIA: elementos para uma crítica marxista
Tese PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICAS PÚBLICAS III JORNADA INTERNACIONAL DE POLÍCAS PÚBLICAS QUESTÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XXI
Maria Thereza Candido Gomes de Menezes, agosto 2007
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Resumen :
Esta tese procura demonstrar que a economia solidária, apresentada pelos seus principais teóricos como uma alternativa aos efeitos mais perversos do capitalismo (miséria, desemprego e degradação do trabalho), sobretudo no atual estágio do capitalismo marcado pela predominância do setor financeiro parasitário conjugado à retração do Estado no campo das políticas sociais encerra um projeto político de corte conservador funcional à sedimentação da hegemonia do capital e à reprodução ampliada da ordem burguesa. Com base na retórica das chamadas “práticas sociais alternativas”, nos preceitos da “responsabilidade pessoal” – lema ideológico do “terceiro setor” – e sob a égide da auto-ajuda, da autogestão, do associativismo, do cooperativismo, da inserção da miséria na esfera do crédito (micro-crédito) - configurando um processo de financeirização da miséria - e do apelo aos fundamentos do anticapitalismo romântico e do socialismo utópico o projeto político estruturado pela “economia solidária” volta-se para a manipulação ideológica no sentido da desmobilização da classe trabalhadora, sua conseqüente acomodação ao sistema capitalista de produção e reprodução da vida, reforçando a hegemonia do capital norteamericano.