Livro : Tecnologia para o desenvolvimento social: Diálogos Nides-UFRJ
Marília : Lutas Anticapital
(orgs) Flávio Chedid Henriques, Felipe Addor, André Malina, Celso Alexandre Souza de Alvear, 2018
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Resumo :
Grupos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Nacional de Brasília (UnB), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nos inspiraram teórica e metodologicamente.
Suas pesquisas pautavam a importância de debater o determinismo e a neutralidade científica e tecnológica, bem como o desenvolvimento de uma tecnociência voltada para grupos sociais cujas demandas normalmente são alijadas dos quadros de referências da política científica e tecnológica.
Outra inspiração importante veio do marco teórico da tecnologia social, como espaço de valorização de novas práticas de desenvolvimento tecnológico. Até então, boa parte da produção de técnicas que incorporavam essa crítica não era feita pela universidade. Ela estava ausente sobretudo do campo das engenharias, como pode ser observado no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, e exemplificado pelas cisternas de placas desenvolvidas pela ONG Articulação do Semiárido (ASA). Ou seja, ainda eram muito poucas as práticas nas faculdades de engenharia que haviam incorporado essas referências teóricas e metodológicas.
O campo da economia solidária, com sua trajetória de luta política e de reflexão acadêmica, foi de importância fundamental para refletir em que sentido essas novas tecnologias poderiam contribuir para um caminho econômico alternativo, que não se baseasse em uma perspectiva individualista, competitiva, mas que fortalecesse um processo coletivo, cooperativo, solidário. Tratava- se de perceber a autogestão não apenas nos empreendimentos econômicos mas no próprio processo de construção das tecnologias.
Por último, mas não menos importante, há a interação com campo da extensão, e da reflexão sobre o papel da universidade e a metodologia de extensão.