Responder às necessidades básicas na proximidade
Eixo temático Redefinir a economia a partir do território
« - entre habitantes que compartilham o patrimônio, as vivências e os destinos de um mesmo espaço herdado e no devir (nativos, adotivos, migrantes, visitantes…) »
O significado de Território não é igual em todas as culturas e línguas. Em primeiro lugar, ele é a base geográfica da existência social. É uma obra humana que associa as preocupações mais materiais às relações mais essenciais. É lá onde cada sociedade resolve seus problemas, satisfaz suas necessidades, cumpre seus sonhos, criando constantemente mecanismos e regulações capazes de assegurar o funcionamento coletivo. A situação testemunha ainda hoje a função – vital – da proximidade, embora a produção e os intercâmbios comerciais sejam globalizados. A globalização econômica se impõe até nas pequenas células de vida, pessoais e sociais. As localidades territoriais se especializaram e apreciaram como uma variável de ajuste em uma abordagem econômica que estabelece a concorrência entre elas. A gestão da alimentação, do trabalho, dos recursos naturais, da segurança e até o fato de conviver se inscrevem em relações de interdependência e na capacidade de ação dos habitantes; as condições de intervenção das comunidades locais na gestão dos recursos se modificaram consideravelmente.
É impossível dissociar o local e o global. Nossas sociedades não estão preparadas para isso. Muita gente ignora que existem “mundos”, segregados por temas, por segmentos de atividade, por nível territorial do exercício das competências, que interagem com seus modos de uso e códigos que segmentam. As demagogias do voltar-se sobre si mesmos – sem “os outros” – apropriam-se disso, mas conduzem a um impasse.
Compreender como a proximidade é afetada por determinantes exógenas é essencial para dar resposta às necessidades essenciais.
Os sistemas de ação concretos são complexos: recompor respostas viáveis em sistemas de ação e relações concretas, preservar o uso adequado dos recursos, recriar os patrimônios culturais, o savoir-faire, os ecossistemas, em síntese, retomar o futuro nas mãos integrando a globalidade aqui e agora nunca foi tão difícil. Saber como os atores locais redescobriram que nunca temos melhor ajuda que a confiança que outorgamos às próprias capacidades, no contexto da cooperação com os outros é uma fonte de esperança para todos. Porque é “na base” onde se encontram, elaboram e experimentam as matrizes sociais de saída da crise.
Este dossiê ilustra a importância da ancoragem aos locais de inovações socioeconômicas locais, sendo que seu alcance geral é, com frequência, menosprezado. Ele salienta
“como” os pequenos grupos, as comunidades, que vivem em territórios de pequenas dimensões, encontraram respostas a assuntos como a alimentação, habitação, mobilidade, trabalho, organização dos serviços coletivos, os encontros, o lazer…
a visualização de questões comuns e recorrentes. O número e a concomitância destas inovações levam a considerar as afinidades, embora longínquas e imateriais, e as redes que elas produziram como fazendo parte integral do campo deste dossiê, como portadores de alternativas.
13 estudos de caso
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Revista O&S. Organizações & Sociedade, v. 15, p. 219-232, 2008.
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Inessa Salomão, Gonçalo Guimarães, Gabriela Egler, João Guerreiro, Lúcia Lambert, Valéria Braga, 2006
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Contra a crise, o possível pós-capitalismo local
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